quinta-feira, 30 de maio de 2013

''O JUSTICEIRO'' - Quase um bom vilão

'Os vingadores' perto do estrago causado por Frank Castle, o justiceiro – ou melhor, o punidor, já que o nome dele em português definitivamente não se aplica. Já demonstrando um pensamento super racional, Frank Castle é o incrível homem que após perder a família no fogo cruzado entre dois grupos de mafiosos, decide matar todo o crime. Antes de eu entrar em detalhes de como esse plano já deu muita merda e como ele não pode dar certo, quero levantar um pequeno ponto aqui: muitos dos criminosos que Castle executa a torto e a direito tem eles também família e filhos – que ou vão ficar desamparados, ou vão correr atrás de vingança.
Não só isso, mas Castle reserva uma única pena para os criminosos: a morte. Seu absolutismo moral vai a ponto de cogitar suicídio por ter matado um inocente sem querer. Castle já matou policiais por “não fazerem o seu dever” em sua visão – um incidente notável disso foi a morte do Stilt-man durante a Guerra Civil da Marvel. Reformado e fora do crime havia anos, o ex-super vilão estava trabalhando junto à polícia para proteger um pedófilo na mira da máfia. Dito molestador era testemunha em uma investigação de um círculo de prostituição infantil. O que Castle fez? Matou os dois, executando um homem que já havia pago por seus crimes e estava tentando se reformar, e eliminando uma testemunha importante de um crime maiorBelo trabalho, Frank… (isso está em Punisher War Journal #3, para quem quiser verificar a burrada).
Nada do que ele faz é por “justiça” – ou ao menos assim é nas mãos do escritor mais consistente do anti-herói (que pra mim é um vilão, fala sério), Garth Ennis. Alguns tentam fazer ele parecer um bom homem, mas… dá pra chamar de uma pessoa boa alguém que já matou 68 pessoas em uma noite? E que já usou de armas nucleares contra criminosos comuns? Ressalto que ele surgiu não como um herói, mas um vilão menor na revista do Homem-Aranha.
E antes ele se restringisse a essas cagadas “quando as coisas dão errado”, mas não somente ele ativamente vai atrás de criminosos para matar, mas estes nem precisam estar cometendo algum crime para entrarem na hit-list do “Justiceiro” – após o assassinato do Stilt-man, não contente em matar o cara quando ele estava tentando agir dentro da lei, Castle invadiu o funeral dele, atacando todo mundo que lá estava – resultando em queimaduras de segundo grau e intoxicações devido as bombas de fumaça. Boa parte dos convidados haviam largado o crime, alguns estavam sob escolta policial, recebendo indulto para ir ao funeral do antigo amigo - E alguns eram heróis, como o Homem-Aranha, por exemplo.
O que resultou numa merecida surra.
Uma das ações dele até resultou em problemas posteriores para outro herói: o cadáver do Halloween, um vilão menor que estava trabalhando junto a S.H.I.E.L.D durante a Guerra Civil, serviu como um dos hospedeiros do diabo nos quadrinhos do Motoqueiro Fantasma. No mesmo evento, ele ainda atrapalhou a resistência (a qual ele quis se juntar) ao executar dois vilões menores que tentaram se unir ao grupo anti-registro em troca de leniência nas penas quando a guerra acabasse.
E isso tudo nem começa a cobrir as atrocidades e cagadas do caveirudo. Com um kill count total na casa dos milhares (ao menos quatro mil mortes), é de surpreender que a Marvel ainda trate Castle como um “anti-herói” quando o Flagelo do Submundo, outro matador de criminosos, é tratado como um monstro e não chega a ter 50 mortes confirmadas… Sim, Castle pode ter destruído círculos de prostituição, como ocorreu no arco “The Slavers”, da série Punisher MAX – mas a quantidade de mortes nas suas mãos, e o número de testemunhas para outros crimes que ele executou por “terem culpa” lhe dão um saldo negativo, no final das contas.
Ironicamente, isso é melhor que o normal do Justiceiro.

Melhor que os romanos?

melhorqueosromanosRoma. Não a atual. A antiga. Do Império. Da República. Dos Césares. Dos escravos. Das Legiões. Dos gladiadores.
Homens lutavam até a morte apenas para divertir outros homens.
Se você fosse um senhor importante, um “Dominus”, poderia dormir com quantas de suas escravas (ou escravos) você quisesse. Era a famosa orgia romana.
Políticos eram traídos e assassinados. “Nada contra eles”, diriam seus assassinos, “só queríamos o poder”.
Países eram invadidos, não por alguma ideologia. Apenas por que o meu exército é mais forte que o seu e você tem algo que me interessa. Civis morriam ou se tornavam escravos. Ninguém parecia se importar com isso em Roma.
Mas o tempo passou. A Terra deu milhares de volta no Sol. Um homem foi pregado na madeira, outros tantos foram queimados em fogueiras e uns franceses perderam a cabeça. No mundo de hoje não cabem mais barbaridades como aquelas de Roma. Será?                                                                          
Em relação aos gladiadores, muitos podem pensar que o comparativo moderno são os torneios de arte maciais mistas, como o adorado e odiado UFC. Em matéria de despertar a “sede de sangue” dos telespectadores, a semelhança até pode ser válida, mas ainda é frágil. Ninguém morre nesses torneios. Prova da evolução do homem? Seria se esses torneios fossem o equivalente às lutas dos gladiadores do passado, mas não são.                                                                              
Guerras do Petróleo (não são chamadas assim, mas você sabe exatamente do que eu estou falando). Como você as descreveria? Retirando todas as máscaras das histórias de guerras contadas, elas podem ser resumidas da seguinte forma: sem petróleo, o estilo de vida moderno (ou americano) fica fortemente prejudicado. Vamos invadir esses países para garantir a manutenção do nosso estilo de vida. E assim, algumas pessoas vão morrer e outras vão trabalhar como escravos para que você possa comprar um tênis novo. E ninguém se impressiona com isso.                                                                                       
Quanto às orgias romanas, elas não ficaram no passado. A diferença é que hoje o poder se concentra mais fortemente no dinheiro. Tendo uma quantidade suficiente de papéis coloridos, basta você comprar um jornal e olhar os classificados que você terá a oportunidade de dormir com quantas pessoas você quiser. Poderá ter  qualquer tipo de sexo (até alguns que não existiam na antiguidade). E você nem precisa ser um “Dominus”.
Países continuam sendo invadidos por possuirem matéria-prima de interesse de outros países. Pessoas continuam morrendo para a diversão das outras. Enquanto antes existiam escravos que trabalhavam apenas em troca de comida e um teto, nos dias de hoje existem pessoas que trabalham em troca de um salário (tão baixo que só é suficiente para a comida e o aluguel). Com dinheiro e por dinheiro, representação do poder na atualidade, as pessoas podem fazer – e fazem – basicamente tudo que era feito na Roma Antiga.
Você vai me perguntar agora: então o mundo não mudou nada desde então?
É claro que mudou. Pelo amor de Deus! Houveram revoluções em quase todas as áreas, desde sociais até tecnológicas, pessoas morreram nessas revoluções e seria até injusto com elas se eu dissesse que o mundo não mudou desde então.
Nunca se viveu tanto e nunca houve tanto acesso à informação.
Sabe o que não mudou nada?
O homem.
Esse sim, é basicamente o mesmo desde que alguém achou que era uma boa ideia descer das árvores.
E assim vamos vivendo. Trocamos sêmen por dinheiro, dinheiro por sangue e sangue por um tênis novo.
E você, ainda acha que estamos muito na frente dos romanos?

Por: http://www.histeria.blog.br/melhor-que-os-romanos/                 Edição: Dann Rocha

Emoção primata


Primatas expressam emoções após más escolhas...

Se você tem raiva depois de perder um jogo de azar, você não está sozinho. Bonobos e chimpanzés também o fazem. Os macacos estudados foram submetidos a dois tipos de testes: um era um jogo de paciência, o outro era um jogo de risco. Os vencedores ganharam alimentos altamente desejados. Os que perderam a aposta receberam um petisco que não era tão bom. Quando eles perceberam que estavam prestes a perder a aposta, muitos tentaram mudar sua resposta. Até então, já era tarde demais. Bonobos mostraram correr riscos mais frequentemente do que os chimpanzés, mas ambos os grupos apresentaram emoções negativas quando perderam a aposta e não receberam o prêmio preferido. Eles expressaram birras que incluíam gemido, fazer "beicinho" e bater em coisas.